sábado, 14 de abril de 2012

Mudo, logo existo.



Sabe, sou terrivelmente mutável. Bom, o espírito ao menos. E fico querendo revirar a vida, os hábitos, os vícios... Terrivelmente, porque na maioria das vezes são tentativas falhas, e ainda que mude a vulnerabilidade, ou inclinação às mudanças, sempre me levam ou a retroceder, ou querer sempre o Novo; nada irá me aquietar, sou uma constante.   E cá fico eu agoniada, esperando que o extraordinário me aconteça. Mas já dizia o Raulzito “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Mudo como o vento errante, as fases da lua, o mar que nunca sossega, os pássaros afoitos no ar... Mudo, porque sou feita de inconsequências, ações não determinadas, desejos inconcebíveis. Mudo, porque é no agir que eu me faço Ser. 

4 comentários:

  1. Quando você muda, se transforma, e automaticamente transforma alguém!!Quem vive da mesma forma são: "As pedras que rolam sozinhas no mesmo lugar" Rauzito
    Parabéns Rayane

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  2. Exatamente! Outra música que amo, verdadeiramente.

    Muito brigada poeta, você é sempre bem vindo no cantinho ^^ Abraços.

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  3. Com toda a certeza, é no agir que nos fazemos ser, poetisa!

    ;)

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