A noite foi testemunha do inevitável –
Do riso,
Do laço,
Da nostalgia.
Testemunha da embriaguez que envolvia-nos;
Do sussurro intercalado,
Dos olhares em demasia.
A noite foi testemunha das mãos que nos prendiam;
Da palavra que nos vicia,
Do pudor
Que nos oprimia.
Testemunha do receio;
Do medo,
Do tato –
Em desespero.
A noite foi testemunha do sacrifício em conter-me,
Sufocar-me,
Reprimir desejos.
Rayane Medeiros