A
Júlio Romão, meu irmão por afeto, e a quem lhe devo minha eterna gratidão, pelo
colo sempre disponível para eu afogar minhas mágoas.
Da vida que
vez e outra nos surpreende,
A gente
esbarra em outra vida que nos transborda
E faz dos
versos nunca escritos,
Afeto indizível,
Laço indestrutível...
Da vida que
vez e outra nos fascina,
A gente se reconhece
em outro corpo,
Conforta-se
num abraço,
Acrescenta-se
num sorriso,
Faz dos defeitos,
elo intransponível.
Da vida que
vez e outra nos presenteia,
A gente faz
de um amigo a nossa fortaleza,
Cúmplice
errante,
Parceiro de
bar, de vida;
A alma que
não desgruda do corpo.
Da vida que
vez e outra estanca,
São os
amigos as engrenagens que a impulsionam;
Que nos
movimentam,
Que nos
deixa ser, nessa vida que não deixa...
Rayane Medeiros