sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Resquícios


Da noite primeira
(E senão a última)
Ficou-me teu cheiro,
O amadeirado suave
Entranhado em meu corpo...

Ficou teu trago em minha boca,
O doce amargo do teu negro.

Da noite primeira
(E senão a última)
Ficou-me o teu falar
ao pé do ouvido,
Teu grave que se desfaz
                         Em arrepio...

Ficou o abraço inquietante,
O beijo trocado em comum acordo.

Da noite primeira
(E senão a última)
Ficou-me teu vício impregnado,
Teu tato em minha pele,
Meu desejo...
                    Não saciado.


Rayane Medeiros

9 comentários:

  1. Apaixonante, chega até a ser ecitante dependendo do angulo de visão, auhsuhhahs
    Belo texto

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  2. O massa é que eu leio e fico viajando, fico querendo imaginar como isso se traduz em imagens, sons e distorção de imagens e soms, ta tudo nublado depois fica limpo e eu consugo entender, sua poesia da pra viajar mesmo, xêro

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  3. Rayane, belo poema. Sons e palavras, ideias e símbolos. Parabéns.

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  4. Muito obrigada poeta,vc sempre me ajudando! ah Bob, é pra viajar mesmo! rsrsrs

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  5. Esse 'não saciado' é o que nos mata, né, poetisa?! Belo poema!

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  6. Pois é, e no meu caso, ele é o meu mal! rsrsrs

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  7. alen de apaixonante muito inteligente surprendente para min !!^^

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  8. Muito obg Samara, espero que volte sempre!

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