Então o conto desfez-se em pó
E agora jaz, irônico,
Procurando em outros laços
Teu ego perdido em meu prazer.
Já não há o sussurro confessado,
O gozo sutil dos que fogem à surdina...
Não há o receito,
O teu pêlo arranhando meu peito,
O amor que me corrompe
Sem consentimento,
Não há sequer o medo.
Agora há o vazio,
As mãos frias que se agitam
Eufóricas e
Unem-se recíprocas,
Como n’um consolo
Procurando aquelas que jazem entre as suas.
Há agora senão os destroços
Indesejáveis no meio do caminho
De um conto repentino
Que nos despiu
Nos consumiu
E saciado se desfez.
Rayane Medeiros
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