"Until you have it all you won't be free"
(Society, Eddie Vedder)
Andei cogitando o fim. Das palavras, dos versos, de mim. Cogitei um mar sem remorsos, um penhasco ruidoso ou quem sabe, um deserto alucinógeno. Entretanto, confesso que também andei pensando na vida... No café aguado da tarde, nas conversas saudosas dos velhos, meus vizinhos. Pensei nos prazeres corrompidos, na mocidade que vez ou outra segue por caminhos tortuosos. Pensei, sobretudo, no amor por aqueles que devoto, mas nem por isso deixei por um minuto sequer, de cogitar o fim.
(Society, Eddie Vedder)
Andei cogitando o fim. Das palavras, dos versos, de mim. Cogitei um mar sem remorsos, um penhasco ruidoso ou quem sabe, um deserto alucinógeno. Entretanto, confesso que também andei pensando na vida... No café aguado da tarde, nas conversas saudosas dos velhos, meus vizinhos. Pensei nos prazeres corrompidos, na mocidade que vez ou outra segue por caminhos tortuosos. Pensei, sobretudo, no amor por aqueles que devoto, mas nem por isso deixei por um minuto sequer, de cogitar o fim.
Talvez não seja a hora, mas a ideia já me consumiu, e veio quando a solidão já se fazia presente, e agora não me larga, não me ouvi, acredito que não haveria negociações. E ainda penso na vida. No riso, no abraço, no afago, no encontro, na música, na alegria de outrora. Talvez o barulho familiar também me faça falta. O passarinho na gaiola, louco por vida. As flores sem cheiro no quintal...
Ando desgastado. Já não me basto. Não me satisfaço. Não falo de prazeres, falo de realizações, compensações comuns do que sempre esperam mais do que a vida pode lhes dar. Nós somos feitos de sonhos, e quando estes não se realizam, nada mais somos. Sobrou-se o alvoroço, a pressa que nos leva ao desespero...
E as palavras, ah! As palavras. Estas sim são infiéis comigo. Me fogem quando mais preciso! E me engasgam em nó na garganta. Elas são meu infortúnio. E digo mais, querem ver-me findo!
Cogito e cogito, não vejo mal algum. Querem ver-me outro. Mas de outro eu já sou. Andei descartando poemas, a angústia obrigou-me a tal. Mas digo, pertenço ao abstratismo, não sou claro nem evidente. Sou disperso e questionável, não sou de rimas, mas faço versos.
Nunca somos bons o suficiente. Não basta ser poeta, tem que ser escritor, não basta ser bom, tem que provar que o é. E nos tornamos escravos da opinião alheia, nos moldamos, nos adaptamos. E quando vemos, enfim, já não nos somos.
Rayane Medeiros
Rayane Medeiros
ôoooo ...Amei o texto linda! parabéns.
ResponderExcluirôoooo Meu lindo, muito obg ;**
ResponderExcluirvi agora, o Mário postou no mural do facebook!!
ResponderExcluirparabéns, muito bom!!
Obrigada Dony!!!
ResponderExcluirSó pra provar que eu li e adoreii esse texto!
ResponderExcluirAcho que eu já disse mas pra relembrar:
vc escreve muito bem!!
Parabéns!
ô minha amiga, muito obg! Você também escreve muito bem e arrasa no teu blog! (mesmo eu não comentando!rsrsrs)
ResponderExcluirAdorei o texto, e você me perguntando se sou poeta, como você é malvada, ainda bem que não disse que era poeta , gostei demais, Xêro grande
ResponderExcluirrsrsrs Mas vc é Bob! Muito obg ;**
ResponderExcluirEu ia até fazer um blog de poesia, porque aquele é da banda, mas depois de ver o seu eu desisti, auhushuahusha, Parabéns pelo belo trabalho, todo dia eu tô lendo, tô vendo as mais antigas, admirável. Xêro
ResponderExcluirDesista nãããão!!! rsrs
ResponderExcluirObrigada pelas visitas, elas são de todo agrado, muito obrigada messsmo, é bom saber que minhas poesias estão sendo satisfatórias! Beijão ;**