sábado, 30 de julho de 2011

Visita Familiar


A solidão me visita vez ou outra
Em dias tristes, sobretudo
Quando o amor já não me alcança os dedos
E os meus braços frios já não se enlaçam aos seus

A solidão me visita pontual
Quando sua ausência me vem à tona
E sua lembrança impiedosa
Me sufoca em horas que se arrastam

A solidão me visita atenta
Quando o mundo me vira as costas
Ocupado o suficiente para ouvir-me lamentar
A vida vazia e fugaz

A solidão me visita em noites assim:
Alegres e convidativas
Quando tudo o que me resta é
Contemplá-la da janela com olhos relutantes de cristal

A solidão me visita intragável
Quando a fantasia se desfaz
Os sonhos tornaram-se inacessíveis
E a rotina diária já não me satisfaz

A solidão me visita inabalável
Quando o vazio já se fez
Quando minha vida já não me basta
E o meu mundo já se desfez.


Rayane Medeiros

6 comentários:

  1. A solidão é uma boa companheira para o poeta. Rendeu-lhe este belo poema! Parabéns mais uma vez! Sempre lendo e acompanhando as suas postagens...

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  2. Muito obrigada poeta, é um prazer tê-lo aqui! =*

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  3. O prazer é sempre meu, pois vejo que seus poemas estão cada vez melhores, cada vez maduros! É isso aí!

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  4. Sua poesia está a cada dia melhor. Beijo.

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  5. Maríliaaaaaa vc também está aqui, que legal, muito obg amiga, bjO.

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  6. Vamos divulgar esse belo blog. Hoje postei um poema dedicado a você. Grande abraço e sucesso.

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