sábado, 2 de junho de 2012

Perdição




E por não haver amor,
Ando atada à liberdade,
Tragando risos,
Enterrando desilusões.

Desenfreada,
Colecionando desapegos,
Entrelaçando-me em outras vidas,
Descartando frustrações.

Estou entregue à sorte,
À vida,
Às noites que viram dias;
Embrenhando-me nas esquinas que me espreitam,
Às estradas que me guiam.

E por não haver amor,
Rendo-me.
Estou entregue à perdição. 


Rayane Medeiros

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