terça-feira, 15 de novembro de 2011

Firmamento

Ao poeta Mário Gerson, que o tornou mais belo.



Por hoje obriguei-me a dizer-te não;
Abrir-me para o acaso,
Para os laços que me libertam –
                                       Libertinam-me!

Obriguei-me a não pensar em ti,
Não desejar-te
Ou sentir teu metal pressionar meus lábios –
                                                        Deliciosamente.

Obriguei-me a sair ao sol,
Sentir o vento resfriar a pele aquecida,
Desviar olhares indiscretos,
Sentir-me outra, que não sua.

Obriguei-me acalantar alvoroços,
Destruir firmamentos,
Adormecer os olhos fantasiosos,
Esquecer-te plenamente.

E deliciosamente aqui
Estar assim, solitária de mim.



Rayane Medeiros

8 comentários:

  1. Belo poema. Nada fiz nele, senão enxergar o que ele já possuía, uma beleza nata, advinda de uma alma sensível e sempre atenta à poesia que reside dentro de si.

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  2. Fez sim Senhor, e como fez! Obrigada pela ajuda poeta ;**

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  3. Simplesmente FOdaaa...
    Muito lindo, ele tem mais a ver com abstinência ou liberdade moça?

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