domingo, 19 de junho de 2011

Retrato


Habita instigante meu peito vazio
Me corrói a memória
Me fere a alma
Amarela sem culpa
O sorriso escasso e
Sincero.
A Saudade já não me visita,
Instalou-se;
Fez moradia precisa
Em meu ser ausente.
Ela quem me esmaga as horas
Me rouba os dias felizes
Me nostalgia sem remorso.
A Saudade sempre esta lá,
Estampada n’um retrato antigo
das alegrias findas.
Me esmigalha as lembranças
Que já não são tão bem-vindas.
Me põe à prova
Me fazendo conviver com aquele ser
Que já não se reconhece,
Que já não me pertence,
Que já não sou...


Rayane Medeiros

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