Hoje resolvi
jogar lembranças fora.
Sobretudo,
dos amores que nunca foram meus.
Deles
ficaram o amargor do cigarro impregnado no algodão;
A pele arranhada dos pêlos;
O hálito ébrio
e o perfume embrenhado em minhas entranhas.
Dos amores
que nunca foram meus,
Ficou a
vontade de ter ouvido promessas impossíveis;
Uma amargura
para cada lençol onde deixei minhas vergonhas.
Das
lembranças que hoje sepulto,
Vai um pedaço
de mim em cada uma delas,
E que agora confesso: nunca quis vivê-las.
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