Não quero
falar de amor;
Quero as
tardes que abraçam as noites,
A chuva que
vez e outra cai
Molhando o chão esbaforido.
Não quero
discos que nada dizem;
Quero a
canção do mar,
Os pássaros
beijando as ondas,
O sussurro
do vento levando consigo
A valsa de areia aquecida.
Quero verso
e reverso,
Risos esganiçados,
Entrelaços num
asfalto adormecido...
Não quero
falar de amor;
Quero sopro
libertino no cabelo emaranhado;
O despudor a
cravar-me tuas mãos no coração estabanado...
Não quero
falar de amor;
Não com este
meu apurado dissabor!
Rayane Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário